São remanos ainda convivem com lixo
Áreas como o Buracanã continuam a apresentar problemas dentro da comunidade
O problema de entulhos é velho conhecido dos moradores da São Remo. Eles estão espalhados por vários lugares da comunidade e têm alguns focos de concentração. Um exemplo são os muros ao redor do Buracanã e, também, dentro dele.
Pessoas que vivem ou trabalham ao redor desses lugares concordam que tanto são remanos quanto pessoas de fora da comunidade jogam os entulhos nesses lugares. Dizem também que a Subprefeitura sempre aparece, limpa e, já no dia seguinte, o lixo retorna. Hélio Pereira da Silva diz que os entulhos incomodam, pois além de ser um foco de disseminação de doenças, com o tempo, o acúmulo de lixo acaba cobrindo espaços de passagem, como a calçada, por exemplo.
A Subprefeitura informou que semanalmente uma equipe visita o local para retirar entulhos de maneira progressiva. Porém, quando se trata de propriedade “privada”, como é o caso do Buracanã, nada pode ser feito, pois a limpeza deve ser de responsabilidade do proprietário do terreno, a USP.
Quando questionada, a assessoria de imprensa da reitoria disse que não se pronunciará sobre o assunto porque alega que o Buracanã não pertence à universidade. Enquanto as autoridades ficam nesse empurra-empurra, o lixo se acumula e, com ele, os insetos e também o mau-cheiro.
Um morador, que prefere não se identificar, disse que se houvesse lixeiras ao longo das calçadas, as pessoas jogariam os lixos nelas, ao invés de jogá-los na rua.
Quando essa proposta foi apresentada à Subprefeitura, ela disse que a empresa de limpeza urbana vai implantar uma equipe específica para limpeza de comunidades como a São Remo. Porém, não foram dados maiores detalhes.`
Por Jeanine Carpani