Situação no Riacho Doce ameaça saúde de moradores
A conjuntura em que se encontram as famílias que ainda vivem nas redondezas do Riacho Doce é preocupante. Apesar de os moradores que possuíam casas de madeira construídas sobre o rio já terem sido desalojados e transferidos para outros lugares, ainda há, nos arredores do local, bastantes famílias, cujas crianças, principalmente, estão expostas a vários riscos.
De acordo com Maria Eleoniza, as crianças costumam entrar no rio para pegar brinquedos que caíram. A moradora contou que tem medo de que elas contraiam alguma doença ou mesmo que se afoguem quando o riacho enche.
O que separa algumas famílias do acesso direto ao rio é apenas um tampão de madeira. Uma moradora afirmou que sua preocupação com a segurança de seus filhos aumenta nos momentos de cheia.
Edileuza Bezerra contou que havia muitos ratos no local, especialmente quando ainda existiam as casas de madeira, que foram demolidas recentemente. Agora, após a demolição, há menos roedores.
Atuação da subprefeitura no riacho
Questionada sobre se haveria algum planejamento para a região do Riacho Doce, a Subprefeitura do Butantã informou ter realizado uma licitação para que uma empresa contratada propusesse um projeto do que poderia ser feito no local. Porém não foram fornecidos ao NJSR detalhes sobre que tipo de projeto seria esse.
No que diz respeito aos entulhos no rio, a Subprefeitura afirmou que os retira toda semana, o que foi confirmado pela moradora Edileuza Bezerra. De acordo com a Subprefeitura, não é possível levar máquinas no local, por isso a retirada dos entulhos tem que ser feita manualmente.
Por Débora Gonçalves