Eles fazem samba bom até mais tarde

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Conheça a mais nova iniciativa de moradores para trazer entretenimento aos são remanos

por Guilherme Bruniera

“O principal é a comunidade”, diz Raquel da Silva Ferreira sobre o samba que ela ajuda a organizar. Todos os sábados, das 23h às 6h, ela se reúne com outros moradores para se divertir e tentar reconstruir a quadra na qual ocorre o evento.
Junto com Sidney, seu irmão, e com Daniel, seu marido, Raquel faz o que pode para melhorar aos poucos a quadra ao lado do Circo Escola. Como ainda não conseguiram um patrocínio para o evento, não há previsão para uma reforma definitiva.

Ajustes entre as batucadas

A intenção deles é fazer uma cobertura para o local e melhorar seu entorno, retirando, por exemplo, o mato que ali se encontra. Com essas melhorias, ela pretende ajudar não só aqueles que participam do samba, mas principalmente quem usa a quadra para praticar esportes ou para brincar.

Como acontece

A divulgação do samba é feita boca a boca, por meio de panfletos e até via internet (no rede de relacionamentos ‘Orkut’, por exemplo). Aos sábados, comparecem cerca de 500 pessoas dos mais variados locais e idades. “Vai criança, senhora, pai de família. O ambiente é bem legal.” “Nunca será cobrado nada”, diz a moça sobre a festa. A entrada é gratuita e são vendidas bebidas e refrigerantes. No futuro, ela pensa em colocar barraquinhas para vender comida durante o evento.
Quanto à música, um grupo de samba é contratado para tocar ao vivo. Nos intervalos, é a vez de um DJ alternar funk, blackmusic e psy.
Raquel alega que não há uma música ou um estilo preferido: “Até se tocar forró o pessoal dança”. A organizadora termina convidando a todos para vir participar: “Todos são bem-vindos, não importa a classe, nem a cor”.

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