São Remanos fazem protesto na USP
Em ato, moradores percorreram ruas da Cidade Universitária cobrando esclarecimentos
Um Ato Unificado contra a ocupação militar e a ameaça de despejo na São Remo foi realizado no dia 22 de novembro. A manifestação partiu, por volta das 16 horas, da entrada da comunidade, na Rua da Prefeitura do Campus e teve a Reitoria da USP como destino, onde chegou uma hora e meia depois.
O Ato havia sido proposto em uma reunião ocorrida na sede do Sintusp (Sindicato dos trabalhadores da USP), no dia 5 de novembro, e levado a discussão à comunidade no dia 11, em uma reunião da Associação dos Moradores. Além do Sintusp e da Associação, participaram da organização da atividade o DCE-Livre da USP, militantes, estudantes preocupados com esta situação e moradores. O protesto surgiu da necessidade de resposta às ações policiais das quais a comunidade foi vítima no dia 31 de outubro. A defesa da moradia e o repúdio à violência policial na São Remo são as principais reivindicações da comunidade, que cobra mais atenção por parte da Universidade nos assuntos que dizem respeito ao direito de moradia.
Outra exigência era a divulgação do plano de reurbanização que a Universidade tem para a São Remo. O responsável deste é o diretor da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), Marcelo Romero. Os moradores ainda não têm muitas informações sobre ele. “Desde que ele foi para supervisão do Romero não se tem notícias”, é o que afirma uma aluna do curso de Arquitetura e Urbanismo. Durante a passagem pelo prédio da FAU, os manifestantes gritaram palavras de ordem e exigiram explicações de Romero, mas ele não apareceu para esclarecer a situação.
Os moradores encontram-se bastante apreensivos com a situação, mas mostram-se engajados na luta para defender seu direito de moradia. “A São Remo não vai comer o prato feito do governo, não” foi o que afirmou Helena, moradora da comunidade. Ela diz que a comunidade vai resistir até o final.
Por Rúvila Magalhães