Opiniões sobre o comércio na SR divergem

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Enquanto para alguns as vendas caíram, para outros o lucro se manteve bastante estável
 

Um clima de incertezas paira no comércio do Jardim São Remo. Enquanto os novos estabelecimentos comerciais afirmam que seus rendimentos não foram atingidos de forma negativa, antigos comerciantes afirmam o contrário. A principal polêmica refere-se ao preço da energia elétrica. Em pronunciamento exibido na noite de 23 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff afirmou que as contas sofrerão uma redução de 18% nas residências, em média, e até 32% nas indústrias, comércio e agricultura. Serão eliminados impostos como CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) e RGR (Reserva Global de Redução), além da redução em 25% do CDE (Conta de Desenvolvimento Energético).

Contudo, o comércio local ainda sofre com as altas contas de luz. Soma-se ainda o aumento do custo de vida do brasileiro, que acabou refletindo no ritmo do consumo. Maria, dona de um restaurante que servia almoço e jantar, diz que precisou cancelar a refeição noturna, pois não havia demanda suficiente. O almoço é garantido pelos funcionários do MAE da USP, clientes fiéis ao estabelecimento. O dono de bar, “Baixinho”, conta que além dos altos valores pagos nas contas de luz há o aumento do preço das bebidas alcoólicas. Como consequência, assim como o restaurante de Maria, seu bar também teve queda no movimento.

Nos estabelecimentos mais recentes não houve reclamação a respeito das contas nem do movimento. Nicole e Neide ampliaram seu empreendimento (antes serviam somente lanches; agora, ampliaram para almoço e salgados) e afirmam que a balança tem sido favorável para as comerciantes. Antônio, que abriu uma loja de roupas há cerca de um ano e meio, diz que ainda não atingiu um padrão, porém o consumo em sua loja tem conseguido mantê-la.

Por Maria Beatriz Melero

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