Ecoponto pode ser solução para o lixo

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O projeto, que surgiu em 2008, ainda encontra dificuldades para ser posto em prática

 

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Lixo e entulho se acumulam com frequência na Avenida São Remo

O problema do lixo já é antigo no Jardim São Remo. Além de ficar acumulado em certos pontos da comunidade, como o “Buracanã” e a Avenida São Remo, representando um sério risco à saúde dos moradores, não há qualquer tipo de separação entre os tipos de lixo (orgânico, reciclável e entulhos em geral), o que dificulta ainda mais a coleta adequada desses materiais. O que muitos não sabem, no entanto, é que existe um projeto para tentar solucionar esse problema: a instalação de um mini Ecoponto na  comunidade.

Ecopontos são estações de entrega voluntária de inservíveis, ou seja, de descarte de lixo de maneira totalmente gratuita e legalizada. Neles existem em geral três caçambas ou contenedores, um para cada tipo de lixo. De acordo com Kátia Soraia dos Santos, agente comunitária da São Remo, a ideia do mini Ecoponto surgiu dentro de outro projeto da comunidade, o projeto de meio ambiente, por volta do ano de 2008. Kátia diz que contando com a ajuda de várias instituições – entre elas a LOGA, empresa que faz a coleta de lixo na São Remo – foi possível estruturar uma proposta, que foi levada até a Subprefeitura do Butantã.

A proposta, segundo Kátia, é muito completa, pois abrange desde os possíveis terrenos para instalação do Ecoponto até o trabalho de conscientização dos moradores. Porém, mesmo assim surgiram alguns problemas. Ela diz que uma das dificuldades foi quanto ao território da comunidade. “Tem uma grande discussão quando se vai fazer alguma coisa na São Remo. Na hora de fazer essas coisas a Subprefeitura não quer assumir, fala que temos que ver com a USP. E por outro lado a USP fala a mesma coisa, que não tem nada a ver com a história, que temos que ver com a Subprefeitura”, afirma. Assim, apesar de pronto, o projeto foi sendo deixado de lado aos poucos.

No entanto, com o desenvolvimento da Rede de Aproximação, uma microrrede de ações que conta com a participação de moradores da São Remo e de instituições como o Projeto Alavanca, o Centro de Saúde Escola e o núcleo Aproxima-Ação, a ideia do Ecoponto voltou à tona. Muitas questões sobre o projeto ainda estão sendo discutidas, principalmente a do espaço físico. Apesar da sua concretização ainda não ser totalmente certa, é uma alternativa muito interessante e a comunidade deve se mobilizar para que de fato aconteça.

Por Ana Carla Bermúdez

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