Apenas por igualdade

Por

Um erro comum é pensar que o feminismo prega a superioridade das mulheres sobre os homens. Na verdade, ele é um movimento social, filosófico e político que tem como meta a igualdade de direitos entre ambos os sexos. Dentre as suas formas de protesto contra a sociedade machista e patriarcal está a Marcha das Vadias, que acontece em São Paulo neste sábado (25). No entanto, a Marcha ainda é muito mal vista pela sociedade, principalmente pela polêmica que envolve o nome, mas também porque o senso comum é de que as mulheres já conquistaram todos os seus direitos – o que não é verdade. De acordo com Nádia Lapa, blogueira feminista, o tema da Marcha diz respeito a qualquer mulher. “Penso que se sentir parte de algo maior, percebendo que certas opressões são comuns a todas as mulheres, é uma forma de trazer mais militantes para o feminismo”, afirma.

O feminismo e a comunidade
O discurso feminista existe, também, no funk. Muitas funkeiras têm erguido a bandeira do movimento: dentre elas, Valesca Popozuda, que deu declarações feministas à mídia e é foco de um projeto de mestrado da UFF-RJ que estuda as relações entre o funk e o feminismo. Para as blogueiras do Feminismo Sem Demagogia, “a importância das funkeiras para o movimento é que elas propagam o discurso nas comunidades, para quem não tem acesso às teorias. O funk sofre preconceito em razão da ideia de que tudo que é desvalorizado pela classe média é ruim. É possível não gostar de funk sem menosprezá-lo.”

Por Ana Carla Bermúdez

Tags: , ,

Comentários encerrados. Comente reportagens recentes.