Principais universidades paulistas enfrentam greves

Por

As reivindicações vão além de reajustes salariais, cobrando inclusive melhorias nos HUs

Na última terça-feira, dia 11, houve a paralisação unificada dos trabalhadores das universidades estaduais de São Paulo: USP, Unesp e Unicamp. Na Universidade de São Paulo, a greve foi votada em assembleia geral do Sindicato dos Trabalhadores (Sintusp) e também pelos funcionários em suas respectivas unidades. Uma ampla maioria foi a favor da paralisação dos trabalhos por um dia.
O principal objetivo era pressionar os reitores a reabrir as negociações quanto ao reajuste salarial dos funcionários. Os trabalhadores buscam alcançar reajuste de 11% e não os 5,39% determinados pelas reitorias.
Outra reivindicação é por melhorias nos Hospitais Universitários. “Faltam equipes médicas para que haja a agilidade adequada a um sistema de saúde” disse Claudionor Brandão, diretor do Sintusp. Segundo ele, os pacientes só são tratados com a prioridade necessária se há risco de morte iminente. Até marcar consultas é complicado. “Quando o paciente é atendido por uma voz humana e não uma gravação, dificilmente consegue uma data.”
O protesto também exigiu o fim da repressão aos movimentos sindical e estudantil e a revogação das expulsões e demissões dos que lutaram por esses movimentos. Apoiou-se ainda a luta dos estudantes por políticas abrangentes de moradia estudantil e contra o Pimesp, programa que impõe curso à distância de dois anos para os estudantes cotistas antes de entrarem na universidades públicas.
A paralisação não é a única mobilização em curso na Universidade de São Paulo. Os funcionários terceirizados também protestam contra a Higilimp, empresa responsável pela limpeza, que deixou de pagar salários e benefícios. A entrada da reitoria foi bloqueada na segunda-feira e os protestos continuaram ao longo da semana.

Por Ana Carolina Leonardi

Comentários encerrados. Comente reportagens recentes.