Sujeira é obstáculo na Praça da Amizade

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Moradores afirmam que o lixo espalhado pelo local impede a realização de projetos culturais

Desde que foi inaugurada, por volta de 2003, a Praça da Amizade enfrenta o problema do lixo. A Praça foi construída por iniciativa de Eva Maria da Conceição, a Dona Eva. Na época, Dona Eva recebeu o auxílio do então Prefeito da Cidade Universitária, José Geraldo Massucato, que forneceu o desenho da área, materiais e trabalhadores para sua construção. No entanto, ainda que hoje exista bem menos sujeira no local do que antigamente, de tempos em tempos a beleza da praça fica diminuída pelo lixo deixado no chão ou entre as plantas.

A limpeza e a manutenção do espaço ficam por conta de Dona Eva e de voluntários, como Daniela de Carvalho e Wilson Cezar, mas há sempre muito a fazer. Embora exista uma lixeira no meio da praça, é comum encontrar latas de cerveja e copos plásticos jogados no chão. Recentemente foram largados nos canteiros os restos de um orelhão. Além de deixar a praça menos bonita, a sujeira atrapalha projetos para transformar a área em um centro cultural. Segundo Wilson Cezar, a poluição dificulta o planejamento de novas atividades: “A limpeza já é muito, é a base para começar alguma coisa”, disse.

Na internet, é possível encontrar um rascunho do projeto do Centro Cultural “Praça da Amizade”. O documento traz uma série de metas a serem cumpridas com o objetivo de formar uma “agenda cultural permanente com oficinas e atividades voltadas para a comunidade, em especial para as crianças”. No entanto, Daniela de Carvalho afirma que o projeto está quase parado tanto em razão da questão do lixo como pela falta de apoio da Universidade.

Apesar disso, a Praça da Amizade já recebeu várias atividades culturais como oficinas de instrumentos musicais e de brinquedos de sucata. Em 2009, foi a vez do o 1º Encontro de Graffiti “O Verde vai Invadir”. A organização desses eventos é de iniciativa dos próprios são remanos. Além disso, a praça é ponto de encontro para a realização de saraus, que acontecem no último sábado de cada mês. Em algumas situações, a comunidade contou com o apoio do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, por iniciativa de Dona Eva, para a realização de ações culturais. Atualmente, porém, os moradores recebem pouco ou nenhum auxílio da Universidade para a conservação e limpeza da praça e para a realização de eventos no local.

Humberto do Amaral

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