Situação de ônibus e metrô é precária
Os principais problemas enfrentados todos os dias pelo usuário de transporte público em SP
A média de passageiros de ônibus por dia útil na capital paulista chega a 9,6 milhões, segundo a Prefeitura de São Paulo. O são remano participa ativamente desta estatística, já que o transporte público é o principal serviço utilizado por ele. Dos vários pontos que precisam ser melhorados, destacam-se os mais importantes.
Maria Odete Rodrigues, moradora da São Remo, reconhece que a estação de metrô Butantã próxima à comunidade foi uma melhora, mas que não é suficiente: “O metrô ajudou bastante, mas não é todo mundo que pode pegar, fica mais caro”. Ela explica que normalmente o vale transporte pago pelas empresas não cobre a integração ônibus-metrô, assim se o trabalhador quiser usar os dois serviços deve sustentar parte dos custos, comprometendo sua renda.
A moradora aponta outro problema: o horário de circulação dos ônibus. Alega que muitas pessoas saem do trabalho tarde e que têm dificuldade para conseguir conciliar estes horários com o das últimas saídas do transporte coletivo, conclui que: “se tem gente trabalhando, tem que ter ônibus”.
Mais uma reclamação recorrente é a feita pela comerciante Elane Moura de Freitas: “Tem muito motorista que não respeita”. A são remana relata que é comum o ônibus não parar quando o sinal é dado por idosos ou cadeirantes.
Diz também que é possível notar certa falta de responsabilidade destes profissionais quando não dirigem com cuidado ou promovem brigas de trânsito com outros motoristas, “acabam colocando em risco as pessoas que estão dentro do ônibus”, afirma.
Em 20 de Setembro foi implementado um serviço chamado Corujão na metrópole. Trata-se de um projeto da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) que torna cinco das linhas intermunicipais disponíveis em período integral na capital paulista durante as sextas-feiras e aos sábados.
A disponibilidade de todas as linhas de ônibus em período integral não faz parte dos planos de governo estadual ou municipal, de acordo com as metas dos governantes atuais.
Desta forma, não há previsão para um completo sistema de transporte público disponível vinte e quatro horas por dia na capital de São Paulo.
Jullyanna Salles