Moradores sem circular; HU ainda aberto

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A greve, que não tem data para acabar, traz dificudades para o cotidiano dos são remanos 

Guilherme Bruniera
João Carlos Saran

 

“Muita gente daqui usa o circular para levar as crianças na creche e ir trabalhar,” declara Francisco de Barros Gomes, morador da São Remo, sobre a influência da greve no dia-a-dia da comunidade. Outra moradora completa: “Afeta bastante a gente. As crianças que vão à escola de circular tem que ir a pé, ou não vão.”

Os funcionários da USP iniciaram a greve dia no 3 de maio. Segundo os grevistas, o movimento foi motivado pela quebra da política de isonomia salarial, ou seja, os professores receberam aumento de 6%, que não contemplou os funcionários. De acordo com o site do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), a reivindicação salarial é de um aumento de R$ 200,00 no salário-base, acompanhado de um reajuste de 16%.

As consequências

O circular, os restaurantes universitários e algumas bibliotecas não estão funcionando. As aulas prosseguem, com a maioria dos alunos e professores frequentando-as regularmente.

O Centro de Práticas Esportivas (CEPE) também aderiu à paralisação por apenas um dia, terça-feira, dia 11 de maio.

O Hospital Universitário (HU), no entanto, continua funcionando, atendendo aos pacientes normalmente. O Centro Saúde-Escola, localizado ao lado do Instituto Butantã, não tinha entrado em greve até o fechamento da presente edição. “Estamos avaliando o que vai acontecer, como vai ser a evolução esse ano”, declara uma funcionária.

Em reunião no dia 11/5, os funcionários da USP recusaram o aumento de 6,57% que lhes foi oferecido, decidindo pela continuação do movimento. No ano passado, a greve durou 57 dias.

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