Sorvete, churrasco, cerveja e futebol

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A história de Valdecir Barros Gomes e a sorveteria que alegra os sábados da São Remo

Bruno Federowski

 

Se alguém, num sábado, entrar na comunidade pelo portão ao lado do Hospital Universitário e olhar para a esquerda, é bem capaz de avistar um aglomera­do de pessoas confraternizando ao som do rádio, bebendo cer­veja gelada e aproveitando um bom churrasco. Trata-se da Tro­pical, propriedade de Valdecir Barros Gomes, que, além de sor­veteria de segunda a sexta, nos fins de semana serve também de churrascaria onde os são rema­nos podem demonstrar suas ha­bilidades com a grelha.

História de vida

Há uma década, Valdecir com­prou a máquina de fazer sorvete e aprendeu a operá-la com o pró­prio vendedor. Abriu, então, a Tropical, que, por ser a primeira sorveteria de seu tipo, logo se tor­nou célebre entre os moradores. “O sorvete foi mudando e melho­rando com o tempo”, diz ele, que hoje fabrica desde sabores tradi­cionais como “creme” e “coco” até o exótico “chiclete”.

Em pouco tempo, o local deixou de ser somente uma sor­veteria e passou a ser um dos mais comuns pontos de encontro entre os são re­manos. Em dias de jogo de futebol, os clientes costumam aproveitar a churrasqueira em frente à loja para grelharem um bom bife. Hoje, isso ocorre qua­se todo fim de se­mana.

Valdecir e Francisca

Apesar de não morar mais na São Remo, o sor­veteiro perma­nece das 8 da manhã às 9 da noite na co­munidade. Seus amigos, também, continuam vivendo lá. “Só vol­to para casa pra dormir”, afirma ele, “eu gosto mesmo é daqui”.

Valdecir diz também contar com a ajuda de Francisca do Nascimen­to, sua amiga. Francis­ca, que se juntou a ele há dois meses, é a co­zinheira da Tropical. Seus pratos incluem ar­roz à grega e a tradicio­nal feijoada às quartas-feiras e aos sábados. Segundo ela, seus pratos ajudam a loja no inverno, quando o consumo de sorvetes diminui.

O melhor sorvete

A sorveteria já mudou de lugar uma vez, mas hoje é tão ou mais famosa quanto era em sua aber­tura, há uma década. Valdecir faz parte do cotidiano da grande maioria da população são rema­na e marcou muito de suas vidas.Os são remanos não se cansam de demonstrá-lo: “dizem que é o me­lhor sorvete que tem!”, afirma o sorveteiro, e serve mais uma bola do sorvete mais tradicional da São Remo.

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