São elas que mandam no negócio
Mulheres são remanas conseguem seu lugar no mercado de trabalho com muita criatividade
Isadora Bertolini Labrada
Pelas ruas da São Remo, é fácil notar a quantidade de quitandas, mercados e cabeleireiros. Mais fácil ainda é ver a presença em peso de mulheres por trás dos balcões, atendendo clientes e mostrando-se solícitas. Todas conseguiram achar uma alternativa ousada para uma dificuldade financeira, ou seja, foram empreendedoras.
Empreendedorismo é quando alguém toma uma iniciativa arriscada e criativa para gerar riquezas. Pode ser abrindo um comércio ou inovando uma técnica já existente de trabalho. Na São Remo, podemos encontrar exemplos de mulheres que, passando por um aperto financeiro, foram empreendedoras.
São remanas nos negócios
É o caso de Francisca Graciana Santiago, 46 anos, que conseguiu contornar o desemprego dela e do marido, a princípio, com a venda de algumas frutas em caixotes, para depois alugar um espaço no qual montou uma loja com mais variedade e outros produtos alimentícios.
Outro exemplo é Elza Alves da Silva, 58 anos, empreendedora desde muito nova. Aprendeu a costurar aos 8 anos e, desde então, trabalha com ajustes de roupas, além de fazer grande parte do seu guarda-roupa. Elza trabalhou 12 anos em uma fábrica de costura, mas hoje tem sua própria loja de ajustes em roupas e se orgulha de sua jornada. “Costurar sempre deu certo pra mim, então continuei.”, afirma.
Uma saída para o desemprego
Uma atitude empreendedora é essencial diante de um mercado de trabalho tão saturado. Maria Auxiliadora Gomes da Rocha, 50 anos, conta sua dificuldade de achar emprego com sua idade: “Eles sempre preferem os jovens, não valorizam quem tem experiência. Tem tanta concorrência que até pra serviço de limpeza eles estão pedindo 2º grau de escolaridade”. Diante dessa situação, ela passou a vender cosméticos, e mais tarde abriu uma loja de variedades. “Pensei: vou começar a me movimentar de outro modo. A gente inventa e vive na tentativa de acertar. E está dando certo”.