Moradores aguardam auxílio-moradia

Por

Sem recursos, habitantes do Riacho Doce continuam em área de risco

Mariana Bastos

A enchente na região do Riacho Doce, no dia 27 de março, deixou muitos desabrigados. A Subpre­feitura do Butantã forneceu às ví­timas colchões, cobertores e ces­tas básicas. No entanto, até agora, ninguém recebeu auxílio-mora­dia, conforme prometido ante­riormente pelo subprefeito Daniel Barbosa Rodrigueiro.

Inicialmente, os moradores abri­garam-se na sede do Projeto Ala­vanca e na igreja católica Nos­sa Senhora de Fátima, mas foram retirados devido à indisponibi­lidade de espaço. No momento, a maioria dos desabrigados está hospedada na casa de parentes e amigos, algumas localizadas no próprio Riacho Doce.

A Defesa Civil constatou que os barracos encontram-se em área de risco, mas não houve iniciativa de interdição de imóveis nem retira­da de moradores.

A situação dos barracos é pre­cária. Ocorrem vazamentos cons­tantes e tremores. Além disso, o odor do lixo acumulado no córre­go também incomoda os que vi­vem no local. ”De madrugada, a gente sente tudo isso tremendo. Até quando não chove, treme.”, afirma Vanessa Sobral, moradora do Riacho Doce que estava grávi­da de nove meses.

A falta de recursos é o principal motivo pelo qual os moradores do Riacho Doce não deixam suas ca­sas. “Nós dependemos do auxí­lio-moradia para sair daqui, esta­mos abandonados. Precisamos da presença do subprefeito urgen­temente!”, diz dona Maria Izau­ra Ventura, que está desabrigada e dorme em um banheiro cedido por amigos.

Aconteceu em fevereiro

Ruan Gabriel

No dia 27 de fevereiro, a en­chente no Riacho Doce atin­giu 58 famílias e deixou cerca de 300 pessoas com suas casas danificadas.

A Desefa Civil orientou os moradores a se retirarem das áreas de risco e mudarem-se para um albergue na Rua Car­deal Arcoverde. Eles se recu­saram por ser muito longe da comunidade, do trabalho e da escola das crianças.

As pessoas que tiveram suas casas destruídas foram provi­soriamente abrigadas no Pro­jeto Alavanca e em casas de parentes e amigos.

O subprefeito do Butan­tã, Daniel Barbosa Rodriguei­ro, visitou as áreas atingidas pela chuva e prometeu tomar atitudes dentro de um mês. Nada foi feito até agora.

Comentários encerrados. Comente reportagens recentes.