Moradores do Jardim São Remo aderem à greve

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Funcionários foram demitidos da limpadora e ainda não receberam benefícios a que têm direito

Renata Garcia Ferreira
No último mês, os trabalhadores da empresa União enfrentaram muitas dificuldades. A prestadora de serviços rescindiu o contrato. Por isso, em 8 de abril, os empregados aderiram à greve por não receberem os salários do mês de março. Entre eles, encontram-se muitos moradores.
Na semana de páscoa, os salários em atraso foram pagos pela reitoria da universidade. Contudo, ainda faltava a verba rescisória. Esta só foi paga no dia 28 de abril, após muita cobrança dos manifestantes e do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).
Teresa Faustino de Lima, moradora do Jardim São Remo, relata que trabalhava lá desde 2006.
Contudo, de 1968 a 1976 também foi funcionária da empresa. Ela conta que o tratamento para com os funcionários piorou muito nos últimos anos: “antigamente a firma era boa, pagava tudo direitinho”. Segundo Teresa, as mudanças aconteceram depois que a filha do dono da União assumiu a direção da empresa. A partir de agora, a são remana será obrigada a vender geladinhos e produtos cosméticos para aumentar a renda de sua casa: “Já cansei [de
trabalhar], agora quero parar”.
Com o pagamento da verba rescisória e sem emprego algum, os antigos funcionários entrarão com um processo na Justiça do Trabalho para que seja pago o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (o FGTS).

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