A polêmica questão do bullying na escola

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Opinião dos são remanos sobre o tema é dividida; caso mais grave é relatado por mãe de aluno

Gabriel Roca
Felipe Gomes Ruiz

De acordo com a ONG Plan Brasil (www.plan.org.br), em pesquisa sobre bullying escolar, 70% dos estudantes responderam ter presenciado cenas de agressões entre colegas. Sabendo disso, o NJSR foi à comunidade saber o que os moradores acham sobre esse tema polêmico.
Muitas pessoas na São Remo consideram que a maior responsabilidade pelos casos de agressões físicas e psicológicas é dos colégios. “As escolas têm que oferecer a segurança para os alunos”, disse Maria das Neves.
A garota Thalita, que possui 13 anos e frequenta a escola, disse já ter presenciado cenas de bullying. “Tenho um amigo que é emo e apanha todos os dias dos meninos”, conta a jovem. Na opinião dela, a forma de acabar com essas atitudes é a suspensão dos agressores por parte do colégio.
Para algumas pessoas entrevistadas, porém, o assunto não é tão relevante. A brincadeira não justificaria posteriores revoltas por parte da pessoa que é perseguida. “Todo mundo é zuado na escola. O cara que não aguenta que é cabeça fraca”, concordaram alguns garotos e uma menina em uma roda de conversas.
Entretanto, um caso mais grave foi denunciado por Débora Sílvia, mãe de um menino de sete anos. Seu filho, segundo ela, sofre constantes agressões na escola Clorinda Danti, onde estuda. Ela relatou que o garoto levou uma tesourada no rosto, foi empurrado da escada, o que lhe rendeu hematomas, é constantemente ofendido pelos colegas e já se recusou a ir para a
escola durante uma semana. As providências tomadas pelos encarregados, segundo a mãe, são apenas bilhetes nas agendas dos agressores, o que pouco, ou nada, resolve o problema de seu filho.
Procurada, a coordenação da E.E. Clorinda Danti informou não poder dar entrevistas sem a autorização da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Até o fechamento da edição, não foi possível o contato com a secretaria.

Atualização: (23/05/2011 21:30)

Os dados apresentados no início do texto foram obtidos pela ONG Plan Brasil e não pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, como havia sido divulgado anteriormente.

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