Circo-Escola abre portas para talentos
Cursos criam oportunidades para jovens da comunidade seguirem carreiras artísticas
Jaqueline MafraRodrigo Neves
A escolha de uma profissão é uma das maiores preocupações dos jovens. Quando se é criado em uma comunidade, as incertezas para o futuro são ainda maiores. Mas quando se tem um talento, será que seguir na carreira artística seria uma boa opção? Mais que isso, seria uma opção viável? Foi o que o NJSR procurou descobrir no circo-escola.
Apesar do sonho de seguir a carreira artística, todos os alunos do circo-escola são orientados a estudar e ter uma segunda profissão. Luciano Farias dos Santos, que dá aulas de dança para jovens da comunidade, diz que a sua intenção não é apenas ensinar a dança, mas também promover a educação através da arte. Rosana Timóteo Zamboti, professora de circo diz que prefere que seus alunos levem o aprendizado e a disciplina do circo para aplicá-los em outras atividades de suas vidas.
Os alunos se sentem incentivados a continuar o trabalho realizado no circo-escola, pois recebem apoio dos pais e da própria comunidade. “Aqui na São Remo, a dança é valorizada”, diz Willian Teixeira, que já foi aluno e agora segue sua carreira como dançarino com seu grupo pelo Brasil e vários outros países.
Além disso, a relação entre professores e alunos é muito proveitosa para os dois lados.
Abaixo, algumas histórias de alunos e professores.
Apesar de enfrentar preconceito no início da carreira, logo começou a fazer sucesso com seus grupos de dança. “Teve um momento em que entrei em parafuso: meu nome aparecia em todos os lugares”, diz Luciano.
Hoje, ele é professor do CircoEscola e muito querido por seus alunos. “O Luciano é inexplicável, ele ajuda muito a gente”, diz a sua aluna Taynara Aquino.
Luciano não se esquece do lugar em que descobriu seu talento: “o pão de cada dia eu devo para a comunidade”, diz o professor.
As aulas não somente o ajudaram a perder a timidez, como também a construir uma carreira artística.Ele já deu aulas, apresentou-se e coreografou grupos.
Atualmente, o dançarino faz sucesso com a técnica inventada por ele e seu grupo, o Free step-on. Graças a essa criação, William já viajou por diversos estados, como Bahia, Santa Catarina e Piauí, e recebe diversos convites para se apresentar fora do Brasil, em países como Colômbia e França.
Além dessa conquista, as aulas de circo também os ajudam e os incentivam na escola. A disciplina, a concentração e a habilidade de trabalhar em grupo os ajudam no colégio. Além disso, para trabalhar em circos internacionais, alguns, como Evelyn, já fazem aulas de inglês.
Hoje, os alunos tem certeza de que seguirão carreira no circo.
“É um grande sonho”, diz Alife.
– Capoeira
– Dança
– Percussão
– Teatro
– Educação Física
– Artes Plásticas
– Malabares
– Contorcionismo
– Trapézio
– Xerox da certidão de nascimento
– Xerox da RG dos pais
– Xerox da carteira
de vacinação
– Xerox do comprovante de residência
– Declaração escolar
– 1 foto 3×4
Circo-Escola São Remo:
Rua Aquianés, 13
Telefone: (11) 3675-0459
DE PRODÍGIO A PROFESSOR
Luciano Farias dos Santos tem uma longa história como dançarino e com a comunidade. O professor começou a dançar com oito anos de idade, nos concursos realizados na São Remo.
CRIATIVIDADE SÃO REMANA
O dançarino William Teixeira Dantas tem muito a agradecer à comunidade e ao professor Luciano. Ele começou a freqüentar as aulas de danças com 18 anos. Hoje, cinco anos depois, William vê como a dança transformou a sua história.
CINCO ALUNOS E UM SONHO
Elisa Ferreira, Thays Rocha, Evelyn Rodrigues, Alife Kelzen e Micaela Joyce não são simples alunos de circo. Os cinco já realizaram o sonho de qualquer artista circense: apresentar-se com o Cirque du Soleil, um dos mais famosos e talentosos grupos circenses do mundo. “Foi uma emoção muito grande”, dizem os jovens.
CURSOS OFERECIDOS PELO CIRCO-ESCOLA
Introdução à arte
Documentos necessários para matrícula: