Mães que são líderes na comunidade

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Além de cuidarem da família, elas também se preocupam com a sociedade em que vivem

Sofia Franco

Em comemoração ao dia das mães, o NJSR decidiu fazer uma reportagem sobre as lideranças da comunidade que tem filhos, e investigar como os dois papéis se relacionam em seu cotidiano. Para compreendermos melhor a situação destas mulheres, entrevistamos a socióloga Eva Blay, da USP.
Segundo ela, as mulheres precisam de muita força psicológica para superar sua condição de subordinadas dentro da sociedade. “Para se tornar uma liderança, primeiro as mulheres precisam fazer um caminho mental muito intenso para sair de uma situação de dominadas, que é, em geral, a condição da mulher”.
Elas são geralmente pessoas independentes com objetivos muito claros, bastante generosas e se preocupam com a coletividade e não com o prestígio individual. Além de serem acessíveis, pois procuram se informar mais e divulgar o que aprenderam para a comunidade. “Além das atividades normais da casa, comida, trabalho, ela ainda dedica todo um tempo para este aprendizado, e com isso são muito respeitadas”.

Vivência social

A experiência do convívio com a sociedade, a partir do momento em que enxergam o que está acontecendo no mundo ao seu redor, as faz tomar iniciativas. “Na hora que ela [a mulher] começa a entrar em contato com outras perspectivas é que ela também muda”.
Quando a mulher se vê capaz de enfrentar problemas fora de casa, isto se transmite para sua vida pessoal, mudando a dinâmica familiar. Os filhos aprendem que todos devem fazer sua parte.
A consciência de que seus filhos devem estar mais bem preparados do que elas estavam as faz buscar quem possa ensiná-los o que elas não puderam, profissionalizá-los e lhes dar segurança.

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